Segregação e intolerância nas eleições gubernamentais brasileiras

 

Não custa lembrar que em janeiro deste ano, a candidata á presidente do Brasil, Dilma Roussef, mandou a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial adiar o anúncio do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa, para evitar novos atritos com evangélicos e a Igreja Católica em ano eleitoral

Esse plano previa a legalização fundiária dos imóveis ocupados por terreiros de umbanda e candomblé e até o tombamento de casas de culto.

Ele seria lançado no último dia 20 de janeiro, às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, mas, na última hora, o governo recuou, “para evitar novos atritos com evangélicos e a Igreja Católica em ano eleitoral”

Segundo o jornal Estado de São Paulo (janeiro/2010), “desde o ano passado, Dilma tem feito esforços para se aproximar de católicos e evangélicos, sendo preciso evitar novos embates que possam criar ruídos de comunicação e prejudicar sua campanha”. Por isso, segundo ainda o jornal, desde o ano passado, a ministra tem feito todos os esforços para se aproximar tanto de católicos quanto de evangélicos e já percorreu várias igrejas.

Diante de uma plateia de praticantes de umbanda e candomblé, que se reuniram no último dia 20 no Ministério da Justiça, plateia esta composta de dirigentes de terreiros vindos de várias partes do Brasil, foi anunciado o adiamento da inclusão da preservação dos terreiros do Plano.

Surpreendente mesmo foi a declaração do coordenador do Plano, Alexandro Reis, responsável pelas Políticas para Comunidades Tradicionais. Segundo ele – no intuito de justificar a exclusão dos terreiros – “a preocupação do governo é que, por motivos eleitorais, o governo precisa pactuar com evangélicos e católicos, por causa das eleições deste ano”

Para o pastor Ronaldo Fonseca, presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, “o governo não deve gastar dinheiro com tombamento de terreiros”. Não se sabe ainda a opinião desse senhor sobre as centenárias igrejas católicas preservadas por todo o país graças à política de tombamento que existe há décadas. Qual é o significado desse tipo de atitude que espelha o medo de perder votos ao se negar a reconhecer a inquestionável importância dos cultos afrobrasileiros?

A atitude da candidata a presidente Dilma Roussef exige nossa atenção para as eleições deste ano. Que tipo de governo teremos nos próximos 4 anos? Um governo que ignora a existência de milhões de brasileiros adeptos dos cultos afros? Um governo que se alquebra, que fica de quatro diante de católicos e evangélicos? Isso significa continuar entregando mais e mais concessões de rádio e TV às seitas eletrônicas que as utilizam para ofender e vilipendiar umbandistas e candomblecistas? É isso que nos espera?

Temos o direito de saber o que nos aguarda no próximo governo: um tratamento igualitário e justo, ou um tratamento sectário, de isolamento dos umbandistas e candomblecistas. Os seguidores dos cultos afros enfrentaram os senhores de engenho e a Igreja durante a colonização. Enfrentaram a Polícia na primeira metade do século passado. Nos últimos 30 anos, enfrentam os fanáticos das seitas evangélicas. E hoje, surpreendentemente, são vítimas de interesses eleitorais.

Impossível votar na Dilma, que discrimina umbandistas e candomblecistas para ‘agradar’ os evangélicos dentre os quais existem fanáticos que agridem e ofendem diariamente a crença de quase 30 milhões de brasileiros.

Un candidato a vice bien virgen...

 

Resulta poco menos que insólito que un candidato a vicepresidente de Brasil -Michel Temer, el segundo de Dilma Roussef- pueda decir como si se tratase de un mérito que "nunca pise un centro espiritista ni frecuenté sesiones de Umbanda ya que fui criado dentro de una familia rígidamente cristiana".
Sobre todo porque un vicepresidente debe, en casos puntuales, encargarse del gobierno de un país y ésto significa gobernar para todos, incluidos espiritistas, umbandistas y africanistas. Si dice casi con orgullo esa enormidad, es posible que la contraparte que se niega a decir pero surge por elevación sea "porque Brasil es una tierra de cristianos blancos despegando hacia el Primer Mundo".
Señor Temer, el saber no ocupa lugar. Más de alguna vez le tocará en caso de llegar a ocupar ese puesto para el que postula la oportunidad de ser invitado a celebrar un aniversario con la colectividad judía, o con la musulmana, o con los bahai's y resultaría chocante decirles "no voy porque no son cristianos". Si usted fuese un brasileño normal -es decir abierto, escucha de música popular, mulatón o cuarterón, eso no importa, amante de la cerveza y del samba, catador de cachaça y torcedor de Flamengo- sabría que no peca contra Cristo si pone un pie en una sesión espírita, si asiste a una gira de caboclos o si comparte con los demás un jeum de candomblé o una mesa de batuque. Aunque usted no lo crea, el espíritu cristiano se encuentra más a sus anchas en estos lugares a los que usted desconoce con tanto orgullo que en los que se dicen y se etiquetan como cristianos. En estas religiones populares se vive la solidaridad tal como la predicó Cristo, comiendo y bebiendo con prostitutas, con publicanos y fariseos. En estas religiones mestizas el amor al prójimo es tal que no existen distinciones de sexo, color de piel o estatus social. En estas religiones que usted desdeñosamente ignora debe haber miles, qué digo milis, sino millones de trabajadores a los que usted dice representar sin conocer ni de cerca aquellos lugares donde buscan consuelo a sus miserias del día a día en un país maravilloso y a la vez brutal porque está creciendo y proyectándose entre los grandes países. No le haría nada mal hacerse un hueco en su pesada agenda y aunque sea por diplomacia ir a pedir la bendición de alguna mãe-se-santo bahiana, de esas que hacen obra abriendo escuelas, hogares y talleres gratuitos para niños con problemas o para hijos de mujeres que trabajan. No se le caerían los anillos si recibiera el abrazo de algún caboclo incorporado en su médium, porque ese caboclo no es otra cosa que el espíritu antiguo, vivo y pujante de Brasil. O escuchar a un preto velho dar consejos y bendecir con la humilde cruz de palo de su rosario de semillas del país.
Si usted va a gobernar Brasil, aunque más no sea de a ratos, cuando doña Dilma se ausente, le sería muy útil conocer a ese resto que supone no cristiano -¿o acristiano, postcristiano, o herético?- que mucho podría enseñarle de humildad y de diversidad.
Siempre dije que soy brasileño de alma, y menos mal: si lo fuese de verdad mi voto no iría para Dilma, pero sólo por usted, porque usted es un burro. O un ignorante que dice burradas, lo que resulta harina de un mismo costal.

"La Casa de los ojos de Tempo" - próximo lanzamiento

No próximo dia 19, das 19 às 22 horas, no Museu Carlos Costa Pinto, será lançado o livro A Casa dos Olhos do Tempo que fala da Nação Angolão Paquetan. Com a coordenação editorial do fotógrafo Aristides Alves, a obra resgata a história da nação Angolão Paketan a partir do terreiro de Mutá Lambô ye Kaiongo, localizado em Cajazeiras XI e liderado pelo tata ti inquice Mutá Imê.

 Além disso, o livro traz um texto do doutor em antropologia Renato da Silveira sobre a história da constituição do candomblé de Nação Angola no Brasil. Já a jornalista e mestre em Estudos Étnicos e Africanos, Cleidiana Ramos, escreveu sobre a história da família de santo do terreiro de Mutá Lambô ye Kaiongo.

 A obra traz também informações sobre as comidas sagradas; o uso das plantas, -com análise dos biólogos Aion Sereno Alves e Ana Paula de Sales S. Alencar- ilustrações dos inquices (as divindades do culto angola) feitas por Marco Aurélio Damasceno, além de um CD com os cantos sagrados da nação que teve direção musical de Tuzé de Abreu.

 As fotografias que ilustram o livro são de autoria de Aristides Alves e serão exibidas em uma exposição que será realizada de 20 de outubro a 20 de novembro no Museu Carlos Costa Pinto.  Também no museu acontecerá um seminário no dia 21 de outubro às 19h30 intitulado A Nação Angola na Bahia, com a participação do tata de inquice Mutá Imê, Renato da Silveira, Cleidiana Ramos, Jaqueline de Freitas da Fundação Palmares e Paula Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Afro Orientais da Ufba (Ceao) e do Instituto Nzinga.

 A Casa dos Olhos do Tempo, que fala da Nação Angolão Paquetan foi realizado com apoio do Ministério da Cultura, via a Fundação Cultural Palmares. Os exemplares  serão distribuidos  gratuitamente para instituições que realizam pesquisas sobre a cultura e a religião afro-brasileira.


Palestrantes:

Mutá Imê- Tata ti Inquice do Terreiro de Mutalambô ye Kaiongo

Renato da Silveira- Doutor em Antropologia e professor da Ufba

Cleidiana Ramos- Jornalista e mestre em Estudos Étnicos e Africanos

Jaqueline Freitas- Jornalista, pós graduada em História e em Educação e representante da Fundação Palmares

Paula Barreto-Diretora do CEAO-UFBA e do Instituto Nzinga

 


Local: Museu Carlos Pinto, Av. 7 de setembro 2490- Vitória.

Telefone: 3336-6081

Apresentação dos Cantos Sagrados da Nação Angolão Paquetan e da Orquestra de Berimbau do Grupo Nzinga

O quê? Exposição: O Terreiro de Mutalambô ye Kaiongo

Quando: De 20 de outubro a 20 de novembro, de segunda a sábado (exceto terça-feira, domingos e feriados). Das 14h30 às 18 horas

 O quê: Seminário A Nação Angola na Bahia

Quando: 21 de outubro às 19h30

Local: Auditório do Museu Carlos Costa Pinto.

 

Mais informações:

Aristides Alves: (71) 8868-3596  3247-3596

Tata ti Inquice Mutá Imê- (71) 8748-6136

Janja: 9609-0106 


La filósofa que rescata la raíz negra de la Argentina

 
Por Alejandra Rey para LA NACION


En cada fiesta patria en que la libertad es el motivo de festejo, el ritual se repite: primero, la notificación con las instrucciones de cómo hay que vestir al nene para el acto; después, las alpargatas desflecadas, los pastelitos, el aguatero, el que vende velas, todos con las caritas pintadas con corchos quemados y, como paseando por una realidad que parece no ser propia, camina altiva la dama con peinetón y el caballero con levita. El plano se repite cada año con algunas variaciones mínimas: atrás los negros y, adelante, los blancos patriotas. Y todos terminan diciendo: "¡Viva la patria!"

¿El saldo? De 10 chicos que participaron en el acto patrio, por lo menos siete "hicieron de negros", es decir, actuaron de gente que no ven, que no quieren ver, que no pueden ver; personas que existieron pero que parece que se las tragó la tierra, que trabajaron a destajo en un pasado que se enseña como alegre y dicharachero, y que los niños no indagan. Dina Picotti, doctora en Filosofía por la Universidad de Munich, está acostumbrada a estas consultas. Ella, que se doctoró con una tesis sobre la superación de la metafísica como tarea histórica en Martin Heidegger, dedicó gran parte de su vida a estudiar la presencia negra en la Argentina y América, cómo se originó y se manifiesta en cada uno de los aspectos de nuestra vida y cultura.

Dina es una entrevistada misteriosa, de rostro bonito, delgada, elegante y edad indefinida. Nos abre la puerta de su casa en el Bajo Belgrano y la gran sala de estar, de color celeste, alberga cuadros, tallas, fotos y artículos africanos de una belleza extraña, que sólo se encuentra en aquel continente.

Y nada es casual. Porque Dina, que se fue de Villa Regina, Río Negro, a doctorarse en filosofía en Munich en la década de los 60, conoció en esa ciudad alemana al hombre de su vida, el padre de sus tres hijos, el ingeniero amoroso que construyó obras y caminos acá y en Africa, Abdourahmane Camara, guineano musulmán, negro y "muy buen mozo", como ella misma apunta, mientras sonríe levemente.

Cuenta Dina que a pesar del islam, al que Camara adhería, en los primeros años de los 70, la pareja se casó por la Iglesia Católica en Villa Regina y el evento constituyó allí una sorpresa: la blanca, muy blanca, desposándose con un negro, muy negro, fue el comentario general de sobremesa. "Todos pasaron por la iglesia y los que no, fueron a ver las fotos", comenta, divertida, esta mujer que no se resigna a haber perdido a su esposo hace ya 10 años, pero que mira la foto de Alejandro, su único hijo vivo, mulato y hermoso, que toca música y canta con un deleite incomparable.

"Es que cuando volvimos de aquellas becas de estudios de posgrado, como era Munich,  -dice Picotti- nos preguntamos qué debíamos  pensar nosotros mismos a partir de nuestra experiencia. Pero entonces advertimos que en verdad no conocíamos la propia historia,  porque no nos la habían enseñado; por ello comencé a bucear en las culturas que hacen a nuestra identidad, concretamente en las indígenas que habitaron también el valle del Río Negro."

Y acá vendrá la primera de muchas sorpresas que nos regalará a lo largo de la charla: "Daba clases de filosofía, pero me planteaba todo desde la perspectiva de cómo pensar aquí las grandes cuestiones, el hombre, sus prácticas, historia y cultura, llegando de este modo a preguntarme si en realidad aquí no hay negros, como solía decirse. Cabe recordar que cuando se le preguntó a un ex presidente argentino qué pasaba con los negros en su país respondió que ese problema lo tenía Brasil". Subraya la palabra problema como una de las que tenemos que desterrar del lenguaje: las demás se las dirá a esta cronista durante la charla.

-¿Y por qué con su esposo decidieron radicarse aquí, y no en Africa?

-Por las guerras, y en general, la difícil situación que viven los países africanos.

A través de la investigación, Dina se dio cuenta de que la presencia negra era más importante de lo que se solía aceptar y que el aporte a todos los aspectos de nuestra vida e historia era tan doloroso como inconmensurable. Y dice: "Por ejemplo la palabra «tango», entre otras, es de origen africano y la invisibilidad que se produjo fue tal, que ya nadie se acuerda de que Carlos Gardel tenía un guitarrista negro".

"La Argentina empezó a negar a los negros por el hecho de estar relacionados con la esclavitud, y a mí me interesaba rescatar el valor que tuvo y tiene su presencia, porque toda cultura significa una experiencia humana irreemplazable. Entonces, no reconocer una cultura significa perder una parte importante de la historia humana, es impedir nuestro auto- reconocimiento".

Dina dice todas estas cosas con una sencillez llamativa y se concentra para dar respuesta en alguno de los muchos objetos africanos que decoran su casa. Asegura que una buena  parte de la población argentina tiene impronta africana, aunque no lo sabe o quizá no quiere saberlo.
"Se lo advierte en diversos rasgos físicos y culturales, yo lo veo", y cuenta que por ejemplo el artista uruguayo Carlos Páez Vilaró seguramente tiene antepasados afro.
"Es que mirá, gran cantidad de esclavos negros ingresaron en el Río de la Plata por el puerto de Buenos Aires a través de diversos asientos, a los que hay que agregar los que venían de contrabando y que luego eran repartidos por el interior hasta Chile y el Perú. En algunos países, esas comunidades se mezclaron menos, pero aquí hubo un intenso cruce entre blancos, negros e indios, y se fue perdiendo el color.

-¿Se sabe cuántos negros había en la Argentina hace 200 años?

-Se supone que un tercio del total de la población de Buenos Aires colonial era negra, y las estadísticas del centro, oeste y norte de país superaban el 50%, en ciertos lugares, como Santiago del Estero, llegaba al 90%, pero después ya no se los registró en los censos. Esperemos que este año se pregunte claramente por el origen del encuestado para poder apreciar si ascendió del 5 o 6% la actual población de color, que se estima según una prueba piloto hecha hace un par de años.

¿Qué pasó? No desaparecieron simplemente a causa de las guerras y las pestes, como se afirma; se mezclaron, dice Picotti, y aclara que el así llamado "cabecita negra" venido del interior  tenía en buena parte ascendencia negra. Agrega que hay bastantes datos, entre ellos una cerámica precolombina existente durante ocho siglos, que testimonian ya una relación precolombina de culturas negras con las nativas de América. "Además de la presencia esclava tuvimos luego una inmigración importante de Cabo Verde durante la Primera y la Segunda Guerra Mundial, y desde los años 90 una inmigración reciente africana y afroamericana que procede de diversos países, por ejemplo, hay más de 1000 senegaleses, que sólo se involucran con sus pares, viven en hoteles y suelen tener la familia en su continente."

Las referencias de Picotti son tan interesantes que es difícil no caer en la muletilla de preguntarle qué palabras o qué costumbres hemos incorporado de la negritud. Y siguen las sorpresas: palabras como "tango", "zamba", "mucama", "marote" o la expresión "fulo de rabia" son de origen negroafricano;  el arroz en la comida, la percusión en la música, el 2x3 que está en el ritmo del folklore y los ritos animistas, aunque ésta es otra de las palabras que Dina quiere desterrar del lenguaje, porque supone desconocimiento desde una visión eurocéntrica. "Quienes fueron rebajados a esclavos, enviados como frente de choque a las guerras,  empleados en condiciones inhumanas en toda suerte de trabajos, supieron sin embargo devolvernos canto y danza, que son lenguajes superiores."

Y habla de los tambores que, dice, llegaron a ser la voz de los sin voz, "un lenguaje convocante. Y la danza. Los niños negros antes de aprender a caminar danzan, es el lenguaje por excelencia, porque es expresión de vida. Pienso que hay un subsuelo negro entre nosotros, que se manifiesta de diversas maneras, incluso en las síncresis religiosas, donde por ejemplo cada santo cristiano tiene su correspondencia africana.

Dina y su hijo conocieron a sus familiares africanos mucho tiempo después de que Camara y ella se casaran. Fueron a Angola, Mali, Guinea y vieron lo bello y la riqueza humana y natural de esa tierra, pero también la devastación y la pobreza. Años más tarde, el ingeniero Camara volvió a su continente a construir colegios, rutas y puentes, y regresó también dolido de ver tanta corrupción interna y externa que mantiene a la población en condiciones inaceptables. "Continúan así ?comenta Dina?, la familia tiene tierras, pero apenas subsisten, sin servicios sociales básicos; no he regresado desde entonces." Ya es tarde, y Picotti acompaña a La Nacion hasta la puerta, pero se detiene para mostrar en el escritorio una foto de su esposo. Hay, todavía, un deseo irrefrenable de verlo en este instante, unas ganas contagiosas de acercarse, pero se contiene y sólo saluda. Y queda sola. En esa casa con tantos espíritus...

DINA V. PICOTTI DE CAMARA

Doctora en filosofía

Quién es: se doctoró con una tesis sobre la superación de la metafísica como tarea histórica en Martin Heidegger, dedicó gran parte de su vida a estudiar la presencia negra en la Argentina y en América, cómo se originó y se manifestó en cada uno de los aspectos de nuestra vida y cultura. Ha editado una docena de libros sobre esta temática y es investigadora en temas de filosofía contemporánea, filosofía de la historia y pensamiento latinoamericano. Se doctoró en Filosofía en Munich. Estuvo casada con un ingeniero guineano, padre de sus tres hijos.
Es directora de su Instituto de Pensamiento Latinoamericano y Directora del doctorado de Filosofía del mismo claustro. Ha sido coordinadora de la Maestría en Ciencias Sociales en la Universidad Nacional de la Matanza.

La democracia hace la diferencia

 

"El presidente es de todos, incluso de quienes no lo votaron," dijo esta mañana José Mujica en clara respuesta a las críticas que recibió desde el Partido Comunista por - entre otros puntos - recibir a un grupo de disidentes cubanos en la Torre Ejecutiva a pedido de dirigentes de la oposición.
El mandatario, en su audición radial de M24, afirmó que "el gobierno decidió recibir a estas personas por respeto a la solicitud de importantes personas de los partidos tradicionales. Y lo aclaramos de entrada, porque no queríamos regalar al escenario uruguayo una discusión fútil donde se nos pintara como intolerantes y otras cosas por el estilo, que en esos momentos se dicen", dijo.

"Nosotros hemos aclarado oportunamente que no nos inmiscuimos en la política de nadie ni somos jueces de nadie. Tenemos una clara posición y la hemos tenido históricamente desde siempre de apoyar a la revolución cubana en su lucha contra Estados Unidos. Y la practicaremos en cuanto foro tengamos que asumir decisiones. Pero en este país, dentro de este país, tenemos la obligación de respetar a los partidos que piensan distinto a nosotros", enfatizó.

Aclaró que "hablar no significa conceder; significa en este caso concreto un acto de respeto hacia opositores internos que piensan distinto. Con ellos tenemos que convivir y tomar decisiones fundamentales" y reiteró la "invitación a quienes representan a los que no nos votaron a participar en la decisión de políticas para el país".

Mujica recordó que durante el acto tras la victoria de las elecciones nacionales en segunda vuelta dijo que no hubo ni vencidos ni vencedores, "reconociendo en todos aquellos muchísimos que no nos votaron, y que a pesar de ello eran y son parte de esta nación".

El presidente explicó que, desde esa postura, ha trabajado para construir una "unidad nacional", a pesar que no haya sido siempre debidamente comprendido. Y afirmó que reconocer este punto no significa no reconocer la existencia de diferencias y confrontaciones políticas e ideológicas, "pero en última instancia este país necesita mínimos de acuerdos, tolerancias y respeto mutuo para vivir y para funcionar".

"Institucionalmente, un presidente en Uruguay cuando es electo pasa a ser presidente de todos, continuó Mujica. "Y por eso - dijo - a veces debe hacer cosas que no coinciden con su manera de pensar pero deben hacerlas igual porque por encima de él estará la nación y seguirá estando, porque estaba antes y seguirá después. Es lo único permanente", puntualizó.

Opinó que ese respeto hacia "los adversarios políticos, no enemigos, a pesar de las diferencias", no ha sido correctamente interpretado. "Tampoco - agregó - el gobierno pretende imponer condiciones sino cultivar, en las decisiones, las consultas y el respeto en cada uno de los actos".

"El respeto político es un acto para cultivar la unión nacional que se debe realizar en forma permanente. Lo central, en cada uno de los pasos que damos, es si conviene o no conviene al interés nacional. La unidad básica nacional no puede lograrse de otra forma que no sea por mutuo respeto".

Aclaró que "antes de ser gobierno, en diferendos dolorosos con Argentina, tuvimos que bancar que se nos tratara injustamente poco menos que como peones del gobierno argentino. Nos tuvimos que bancar esa ofensa y la pasamos por alto porque había que priorizar el interés nacional. Los resultados  alcanzados son el fruto de una actitud cultivada durante años y de una manera de pensar".

Cien años de luz y conservación cultural

O Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos (Mãe Aninha), comemorou um século de existência sediando encontro com secretários da educação dos municípios baianos no dia 26 de agosto no próprio Terreiro, no bairro de São Gonçalo, em Salvador. Promovido com a parceria da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o encontro Ófin no Olope (Lei em Ação) trouxe na pauta o debate sobre a implantação da Lei nº 10.6392003, que inclui História e Cultura Afro-Brasileira como ensino obrigatório no currículo oficial das redes de educação do Brasil.

Na oportunidade, aconteceu o lançamento do livro didático Epé Laiyé – Terra Viva, de autoria de Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida nacionalmente como Mãe Stella de Oxossi. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia já adquiriu cinco mil exemplares do livro. Segundo o superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria da Educação da Bahia, Nildon Pitombo, “poder contar com instrumentos pedagógicos específicos, construídos com base no resgate e na valorização da cultura ancestral dos negros é muito importante para consolidarmos uma Educação pautada na democracia e no respeito às diferenças”.

O livro Epé Laiyé já vem sendo utilizado na Escola Eugênia Anna dos Santos. Municipalizada em 1998, esta escola funciona há mais de 30 anos dentro do Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá e é uma referência nacional na implementação de leis e diretrizes que tratam da Educação para as relações étnico-raciais.

 O conteúdo do livro Epé Laiyé aborda questões sobre meio ambiente de maneira lúdica, trazendo as entidades da religiosidade afro-brasileira como personagens de uma aventura ecológica, para enfatizar a importância da preservação da natureza. De acordo com o parecer da Secretaria da Educação da Bahia, “o livro torna-se um potencial instrumento de apoio pedagógico aos professores das escolas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, assim como nas escolas municipais quilombolas, pela sua propriedade teórico-cultural e pela qualidade estética apresentada”.

Mãe Stella, uma das mais importantes Iyalorixás da Bahia, atua tanto em sua comunidade como nas entidades representativas da tradição africana. É conhecida por recusar a ideia do Candomblé como uma seita sincrética, afirmando a sua legítima condição de religião no Brasil. Líder respeitada como referência de diálogo intercultural e inter-religioso, ao completar 80 anos de vida em 2005, recebeu o título Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) Em 2009, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) concedeu-lhe o mesmo título. Mãe Stella ainda é detentora das Comendas Maria Quitéria (Prefeitura de Salvador) e Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) Também ganhou, em 2008, o Troféu Palmares, do Ministério da Cultura.

Algunos neologismos pueden provocar equívocos

Esta anécdota es real, pero por razones obvias los nombres y el lugar del hecho están cambiados...

Doña María sale por la puerta trasera de su casa en las afueras de Ombúes de Lavalle. Es una señora septuagenaria, que tiene a su cargo dos nietos -chica y varón- de quince y catorce años. Poniendo ambas manos como bocina, grita hacia el lado de los galpones:
-¡Marina! ¡Marina!
A su llamado acude el nieto, con un balde lleno de choclos. Viene despacio, tardando -para la mente de la señora- una eternidad.
-M'hijito, ¿no vio por dónde anda su hermana? Las muchachas que vienen a estudiar con ella ya llegaron y ya voy a servirles la merienda...
-Sí, abuela. Cuando estaba pelando los choclos vi a Marina que estaba wandanareando al peón nuevo en la pieza de los aperos...
-¡Qué barbaridad, esta chiquilina! Ah, ahí viene...
Marina venía acercándose hacia la casa, frotándose la cara con la manga del saquito de lana marrón. Eso sí: caminaba más de prisa que su hermano.
-M'hija, sus compañeritas ya llegaron. Están en el comedor diario y ya voy a servirles la merienda. A estudiar, que las notas este mes pasado fueron flojas. ¡Ah! -agrega mientras la muchacha pasa a su lado como una tromba- Y déjese de guaranguear con los peones, que acá les pagamos para trabajar y no para distraerse con la señorita.

Una historia argentina...

Interesante nota publicada en su blog por Alejandro Frigerio

La madre de un séptimo hijo varón pide el apadrinamiento del presidente. El presidente es Videla. El ahijado, hijo de desaparecidos...

revista Veintitrés, 24 de diciembre de 2009
Entrevista a Gastón Castillo: “Quiero sacarme esta carga de encima

Es hijo de un desaparecido y ahijado de Videla. Séptimo hijo varón, su madre gestionó el padrinazgo del dictador con la esperanza de dar con el paradero de su marido. Hace tres meses, su padre apareció en una fosa común. Ahora pide que la Iglesia le revoque el bautismo.

Por Deborah Maniowicz

"Cuando era chico, me divertía contar que era el ahijado del presidente, Jorge Rafael Videla. A los doce años, cuando mi mamá me confesó que mi padre, Roberto Castillo, a quien nunca había conocido, no estaba de viaje en el exterior como yo pensaba, sino que había sido secuestrado y llevado por los militares, sentí odio por saber que el tipo que se llevó a mi viejo tenía un vínculo de fe conmigo. Hace tres meses, el cadáver de mi padre apareció en una fosa común en Avellaneda y ahora sólo sueño con desapadrinarme”, cuenta Gastón Castillo, de un tirón. Su historia, como su relato, también corta el aliento.
El 12 de enero de 1977, Roberto Castillo fue secuestrado por un comando de tareas en su casa ubicada en la localidad de Burzaco. En ese momento, su mujer, Josefa Beatriz García, estaba embarazada de cinco meses de su octavo hijo. Hasta el día del nacimiento, el 12 de mayo, tanto ella como Betty, su hija mayor, recorrieron comisarías con la esperanza de encontrar a Roberto con vida. Pero no obtuvieron ninguna noticia. Fue por eso que al nacer Gastón, a Josefa se le ocurrió agotar un último recurso: hacer uso de la Ley de Padrinazgo Presidencial por la cual el séptimo hijo varón o la séptima mujer de un matrimonio pueden pedir ser ahijados del presidente.
–¿Qué se proponía su mamá?
–Ella estaba dispuesta a hacer cualquier cosa para encontrar a mi viejo y pensó que sería más fácil si decía que su hijo era el ahijado de Videla. Mi madre mandó una carta a la Junta Militar contando sobre el secuestro, demandando explicaciones y haciendo alusión a mi derecho como séptimo hijo. Enseguida le respondieron, sin dar explicaciones, que Videla no aceptaba esa carga. Pero a los quince días le mandan otra carta diciéndole que sí, y finalmente, el 10 de diciembre del ’77, hice mi bautismo en la Parroquia de la Inmaculada con un representante de Videla como tutor.
–¿Ayudó su condición de ahijado para acceder a algún dato?
–Nunca facilitó nada. Sólo me condicionó. De todas formas, entiendo la decisión que tomó mi mamá. Hasta hace tres meses, cuando apareció el cuerpo, yo tenía la esperanza de que él podía estar en otro país o podía haber perdido la memoria. No entiendo por qué se lo llevaron: mis hermanos me cuentan que era una buena persona, un laburante que era repartidor en una empresa de pollos y nunca había militado en ningún partido.
(Foto; Horacio Paone para Veintitrés)
–¿Por qué recién ahora decide pedir la anulación del padrinazgo?
–En realidad, ahora se hizo público gracias a una investigación que realizaban docentes y alumnos de un colegio del barrio sobre la dictadura y la gente de este distrito que desapareció. Mi hermano Mario les acercó la historia de mi padre y mi lucha. En mi casa se hablaba a mis espaldas para que yo no escuchara, pero un día, a los doce años, soñé a mi padre y se lo conté a mi vieja: ese día se sentó y me contó la verdadera historia. Fue un golpe muy fuerte. Recién cuando nacieron mis hijas (Ludmila, de 8 años, y Candela, de 5) me sensibilicé, comencé a leer sobre ese período, a enterarme del mal que había causado Videla. Y en 2005 comencé la lucha por desvincularme de él. Quiero sacarme esta carga de encima.
Desde la Diócesis de Lomas de Zamora, donde el caso tiene jurisdicción, el jefe de prensa, Guillermo Galeano, explica que “el padrino de bautismo asume la responsabilidad de acompañar a su ahijado en el crecimiento de su fe. Es imposible revertir eso, ya que el Código de Derecho Canónico de la Iglesia Católica contempla que el compromiso es de por vida”.
Pero Gastón no se resigna a la inflexibilidad canónica. “Llamé a Madres de Plaza de Mayo y les comenté mi caso. De ahí me mandaron a un Colegio de Abogados, donde un letrado especializado en derechos humanos me hizo una entrevista y quedó en llamarme, pero nunca se contactó. Soy católico, creyente y practicante. Me cuesta creer que no se pueda hacer nada –explica Gastón–. Muchas veces me refugié en la religión y si bien me comentaron que la única forma de invalidar mi bautismo era renunciando a mi fe, no podría llegar a esa instancia. Incluso, la fe me lleva a creer que voy a poder desligarme del asesino de papá.”
Fuente de la nota:
http://www.elargentino.com/nota-71061-Quiero-sacarme-esta-carga-de-encima.html

Amigo en Montevideo

En la foto, bàbá Akítunde Armando Vallado, sociólogo y pai-de-santo paulista; yo; Dr. Reginaldo Prandi, sociólogo paulista; Juan Batalla, editor y artista plástico argentino, Dr. Alejandro Frigerio, investigador del CONICET en la presentación del llibro-objeto "Dueños de la Encrucijada" en el Centro Cultural Brasileño de Buenos Aires.


Estuvo ayer en el ilé el doctor Alejandro Frigerio  en una visita relámpago a esta ciudad relacionada con su quehacer académico. Como siempre, es un placer  reencontrar a este amigo a quien admiro no sólo intelectualmente -es el antropólogo más importante del Río de la Plata en cuanto de refiere a religiones afroamericanas- sino a nivel personal por su capacidad de ver y escuchar respetando, es decir despojándose de la mochila cultural judeocristiana.  Un verdadero privilegio compartir tres horas de su corta estadía en Montevideo departiendo temas que nos son comunes, con el plus de un espléndido regalo: un video de la maravillosa Elis Regina a quien ambos valoramos. Gracias, Alejandro, y que nuestro orisha nos siga bendiciendo con esta bella amistad.

Teatro Metro no cumplió el acuerdo con la puesta en escena nacional



Eunice Castro, Cristina Morán y Rogelio Gracia tenían previsto el estreno de la obra Las mariposas son libres para el 19 de agosto en el Teatro Metro. Sin embargo las autoridades de la sala vendieron ese mismo fin de semana a "Fantástica", la revista porteña de los escándalos encabezada por Carmen Barbieri, según denunció Jimmy Castilhos, productor de “Las mariposas…”.

Castilhos explicó que ya estaba firmada la fecha de estreno en el Metro para el jueves 19 de agosto y a partir de allí la presentación de la obra por cinco fines de semana seguidos. El incumplimiento de la sala obligó a que la obra dirigida por Roberto Jones pasara al Teatro Stella d'Italia y se aplazará su estreno en una semana: el 26 de agosto.

“La actitud del Teatro Metro es una falta de respeto al teatro nacional”, señaló Castilhos. Pero pese al contratiempo, los ensayos continúan con total normalidad.

Ejemplo de vida: pai Negrito de Xapaná


Crió diecisiete niños: "con dos roles, de padre y madre" ¿Influencia? Ninguno de los hijos de crianza siguió su opción sexual.
Por Pilar Besada

El pai Negrito de Xapaná es homosexual y crió -incluso estando en pareja-, a 17 niños abandonados en su casa del Cerro. Considera que la opción sexual no afecta en nada la crianza. "Al contrario, se cubren los dos roles, de padre y madre", dijo.
La primera niña que este hombre crió hoy tiene 46 años y vive en el exterior. En su casa del Cerro vive con un varón de 16 años y una joven de 26 a los que también crió. Además, están los hijos de la joven, tres "nietitos", de 7, 4 y 2 años. A pesar de haber criado a los 17 niños, el pai -que prefiere no divulgar su nombre de nacimiento, Roberto Pino-, afirmó que nunca tuvo la tenencia legal. "Nunca nadie me hizo un problema. Los crié y chau", comentó.
Los menores llegaron a él, según relató, por la actividad religiosa que desempeña. "Siempre me manejé en esto, y la gente te los deja como paquetes de basura. Y bueno; ahí le das para adelante", comentó. Nunca se negó a criar a un niño que le hubieran dejado abandonado. "No sé decir que no", dijo. Sin embargo hoy, el porche de su casa, en la calle Suecia del barrio del Cerro de Montevideo, está enrejado como una jaula. "Es por el temor de que me dejen más niños y no saber quién los deja", dijo Negrito. En el Cerro –dice- todos lo conocen. Pero le angustia "no poder decirle el día de mañana a la criatura quién es el padre o la madre".
Aunque hace 11 años que está solo, Negrito supo vivir en pareja en su hogar. "No sé por qué hoy en día hacen tanto debate. Para mí nunca fue un problema criar hijos, tener una pareja y hacer mi vida normal", señaló. Considera que su homosexualidad no afecta para nada en la crianza, y afirma que ninguno de los chicos que vivieron con él es homosexual. "Por suerte", dijo. "Obviamente no me asustaría, pero traería comentarios", afirmó. La mayoría de los jóvenes que amparó hoy viven afuera del país. Para Negrito, "fue una vida de sacrificio, de lucha. No es fácil, pero somos personas de fe y sabemos salir adelante", señaló.
El caso divulgado ayer sobre la pareja gay en unión concubinaria que obtuvo la tenencia compartida de dos menores, no se relaciona con éste, aunque uno de los integrantes de la pareja, Daniel Melo, pai Daniel de Ogun, también es sacerdote afro-umbandista. Según Melo, la religión "no tiene nada que ver" con esta coincidencia. "Solo que nuestros principios nos llevan a ayudar al que más necesita", comentó.  Melo indicó que conoce a "más de veinte" parejas homosexuales que crían menores pero que no quieren hacerlo público.
En mayo la jueza letrada de octavo turno de Maldonado, Adriana Cittadino, ratificó la tenencia compartida de Daniel Melo y Walter Martínez sobre Mahiara, de 17 años, y Franco, de 14 años, dos menores que estaban bajo la tenencia de Melo desde hace doce años. La sentencia fue dictada luego de que los solicitantes aclararan a la fiscalía que no estaban interesados en una posterior adopción de los menores. El motivo de la pareja era, según afirman, evitar una situación de abandono por muerte de uno de ellos u otra cualquier eventualidad. La tenencia tiene efectos más limitados que la adopción, porque no adjudica la patria potestad ni implica que los menores cambien su apellido.
Un caso que recorrió la región
La noticia de que una jueza de Maldonado otorgó la tenencia compartida de dos menores a una pareja homosexual ayer, recorrió los diarios y páginas de noticias de la región. El portal Infobae informó que "Uruguay otorgó la primera custodia de menores a una pareja gay". Por su parte, la página web Terra.com de Chile se hizo eco del caso, así como el portal del diario peruano Peru21, y el diario de Venezuela El Tiempo, entre otros.
El País Digital
 

Publicado por Laura Etcharren: de las siliconas a la humillación

No cabe duda que por rechazo o gusto, Ricardo Fort siempre está presente en la televisión. Más allá de su participación en Bailando por un Sueño se las ingenia, desde su mayor sustento que es el dinero, para permanecer. Lo cual no significa que pertenezca. De hecho, las versiones que circulan es que actores de renombre no lo reconocen como un par. Ni siquiera lo respetan.
Si bien es cierto que el empresario da trabajo, también es cierto que de él se destacan más sus escándalos que su labor en el escenario. O como “artista”.
Sus mujeres son envases que con cirugías estéticas, ropa, make up y accesorios, cambia constantemente. Traslada en la mujer sus propias inseguridades de hombre que evidencia no estar del todo conforme con su apariencia. De ahí, la permanente ostentación del tener y mostrar.
Y lo que en el Universo Fort es elegante, en el verdadero mundo de la moda es absolutamente cache. Sin estilo. En definitiva, un cocoliche. Cocoliches que entran y salen de su vida conforme a su estado de ánimo.
Mujeres que se degradan al lado de un hombre que no las agasaja como intenta mostrar. Tampoco les regala: lo de Fort es pura limosna, cambiarlas para exhibirlas. Y en algunos casos, hasta recurre a la patética compra de una acompañante. Caso de su "novia actual", Erika. Sin embargo el problema no es Fort. Son ellas.
Las auto degradadas del lumpen mediático que “matan” hasta la vergüenza por estar dos minutos en el programa de Marcelo Tinelli. Son, en la vida del chocolatero, bienes de uso y cambio. Que lo único que les queda de la relación son las siliconas y alguna que otra chuchería que con el tiempo, él sabrá como recriminarles. El costo que ellas pagan es alto. Porque cuando todo el circo rococó se termina, comienza el circo de la humillación. De la violencia, de la agresión verbal de un sujeto que no tiene límites para el escándalo. Que se enarbola tras la palabra "caballero" cuando en realidad es un incontinente verbal del mal gusto. Pedirle que, como caballero, no tenga memoria, es como pedirle a Fernanda Vives que hable bien, que pronuncie una S.
Fort no sólo tiene memoria, también posee astucia por las dudas. Entonces, todo aquello que puede llegársele a olvidar lo anota. Porque su negocio aunque le pese no es el arte, sino el mamarrachismo del que hasta ahora no pudo trascender.

Novo endereço da CIR guarulhense

Prezados amigos e amigas:

                                      A Coordenadoria da Igualdade Racial tem o prazer de informar a mudança para a nova sede que ocorreu no dia 05 de julho de 2010, no endereço:
Coordenadoria da Igualdade Racial – CIR
Rua Luiz Turri, 75 – (atrás do Colégio Conselheiro Crispiniano)
Jardim Zaira – CEP: 07095-060

Os telefones permanecem os mesmos: 2408-5597 e 2409-6843
O Centro de Referência de Cultura Negra e Igualdade Racial–Xikelela permanece no mesmo endereço: 
Avenida Dr. Timóteo Penteado, 4.114
Vila Galvão – CEP: 07061-003
Telefones (11) 2304-7189 / Tel./Fax 2304-7464

Cordialmente,
Edna Maria Santos Roland
COORDENADORIA DA IGUALDADE RACIAL - CIR
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS
(11) 2408-5597/ 2409-6843

La razón triunfa sobre la intolerancia catarinense: excelente trabajo de Átila Nunes y Átila Nunes Neto


Como é do conhecimento de muitos umbandistas, a Tenda de Umbanda Caboclo Pajelança situada no município catarinense de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, foi invadida por policiais militares armados no dia 26. Além de mandarem paralisar a sessão de pretos-velhos, prenderam o ogan -menor de idade- e alguns frequentadores. Além disso, destruiram o atabaque.
Essa violência policial não poderia passar impune. Nossos irmãos de fé, Átila Nunes e Átila Nunes Neto procuraram o governador de Santa Catarina Leonel Pavan, pedindo uma providência enérgica contra essa violencia policial aos umbandistas.
Diante da repulsa nacional à Policia Militar catarinense, o governador Leonel Pavan no último dia 12, ligou pessoalmente para nossos irmãos Átila Nunes e Átila Nunes Neto, afirmando textualmente o seguinte, solicitando essa divulgação: 

"Reconheço, como governador, que houve sim, uma absurda violência policial no ato de invasão de um culto religioso em Santa Catarina. Como governador, tomei medidas enérgicas que sirvam de exemplo e nunca mais tal fato venha a ocorrer no nosso Estado, onde não toleramos qualquer tipo de discriminação." 

Agradecendo a intervenção do governador, o deputado Átila Nunes, disse-lhe que sua decisão, como maior autoridade daquele Estado, interromperia novas tentativas de invasão policial nos terreiros umbandistas.  Para Átila Nunes Neto, os grandes vitoriosos foram os umbandistas que se uniram em todo o país, e até no exterior -das repúblicas do Uruguai e Argentina- exigindo que fosse cumprida a Constituição brasileira que garante o livre exercício dos cultos religiosos.  Átila afirmou ainda que "as providências tomadas pelo governador catarinense Leonel Pavan é a prova indiscutível de que as autoridades brasileiras estão conscientes de que existe o Estado de Direito em nosso país, que não pode ser desafiado por policiais a bel prazer". O governador agiu duramente, não permitindo que um inquérito se arrastasse por 40 dias, quando existem provas contundentes de que houve indiscutível violência policial e vilipêndio religioso.
Abaixo, a carta original assinada pelos nossos irmáos Átila Nunes e Átila Nunes Neto ao governador Leonel Pavan, que originou uma resposta enérgica daquela autoridade contra os policiais que agiram com violência, violando a Constituição brasileira.
 
     CARTA DE ÁTILA NUNES E ÁTILA NUNES NETO AO GOVERNADOR DE SANTA CATARINA SOBRE A VIOLENCIA DA POLÍCIA MILITAR CONTRA OS UMBANDISTAS    

    Senhor Governador de Santa Catarina Leonel Pavan,

    Vossa Excelência comanda um dos estados com maior índice de desenvolvimento humano: Santa Catarina, hoje um sonho para milhões de brasileiros que gostariam de aí residir. Quando se fala em Santa Catarina, se pensa em civilidade.
    O senhor é um político experiente. Foi vereador, prefeito por três vezes de Balneário Camboriu, deputado federal e senador da República. É um democrata experiente na Política e na Administração Pública.
     Infelizmente, Senhor Governador, nos últimos dias, milhões de brasileiros que seguem a fé umbandista, sentem-se surpresos com a violência da Policia Militar de seu estado. Essa indignação podemos sentir principalmente na internet, onde são postadas mensagens de repúdio e da mais absoluta indignação.
    O que aconteceu na noite de 26 de junho deste ano de 2010 na cidade de Jaraguá do Sul, nos faz lembrar o Rio de Janeiro dos anos 50, quando terreiros de Umbanda eram invadidos e seus dirigentes e médiuns presos pela polícia, hoje algo impensável em terras fluminenses.
    Naquela noite, por volta das 8 da noite, a Tenda de Umbanda Caboclo Pajelança, situada na Rua Adolfo Augusto Zie Mann, 342, Czerniewicz, Jaraguá do Sul, foi invadida por doze homens do 14º Batalhão da Polícia Militar, fortemente armados com pistolas, armas de choque, sprays de gás de pimenta e escopetas, sob o comando do sargento Adriano que deu voz de prisão à diretora de culto Cristiane Tomaz de Oliveira.
    A sessão em homenagem aos pretos velhos foi interrompida sob a ameaça dos policiais, determinando às dezenas de pessoas presentes que se calassem e não se movimentassem, sob o risco de terem que usar armas de choque e gás, além de todos serem levados presos. Um ogan, menor de idade, foi conduzido algemado pra o distrito policial.
    Dona Cristiane, a diretora de culto, tem certeza de estar sendo vítima de perseguição religiosa, haja vista que os policiais militares ao chegarem ao distrito, mostraram um abaixo assinado de vizinhos pentecostais para que o centro umbandista feche as portas e se mude do bairro.
    A violência da polícia de Santa Catarina nesse episódio ultrapassou não apenas os limites legais, mas, sobretudo, o bom senso, beirando a barbárie.
    Depoimentos dos presentes ao culto confirmam que a invasão –absolutamente inconstitucional e flagrantemente ilegal– ocorreu em meio às ameaças dos policiais, fazendo com que senhoras e crianças entrassem pânico, chorando de medo. Ao questionar a razão da invasão, o ogan menor de idade recebeu ordem para calar-se, tendo seu atabaque danificado com violência por um dos PMs.
    Por serem sobejamente conhecidos pelas autoridades, -inclusive Vossa Excelência- seria desnecessário invocar os preconceitos constitucionais que garantem aos brasileiros a “inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
    Desnecessário também, Senhor Governador, lembrar outro preceito constitucional que estabelece que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa".
    Ou então, o que preceitua o Código Penal no artigo 208, que trata de ultraje a culto, seu impedimento ou sua perturbação, considerando crime contra o sentimento religioso “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.”
    Saliente-se ainda o artigo 140 do Código Penal: "se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem, a pena é de reclusão de um a três anos e multa".
     Finalmente, poderia ser destacada a Lei de Abuso de Autoridade (Lei Nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965) que regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. O artigo terceiro estabelece como abuso de autoridade "qualquer atentado à liberdade de consciência e de crença, ao livre exercício do culto religioso e ao direito de reunião".
    É sabido por todos, Senhor Governador, que a Lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989 define os crimes resultantes de preconceito. O artigo primeiro diz que “serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97). O artigo 20 é claro, ao proibir praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada  pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
    Não podemos acreditar, Governador, que o senhor deixe passar em branco, sem uma atitude enérgica, severa, um episódio dessa natureza. Essa violência jurássica da Polícia Militar, ao arrepio das leis e da Constituição, não condiz com Santa Catarina. Não condiz com a natureza boa, generosa e fraterna do povo catarinense.
    Nesse ínterim, enquanto durar as averiguações dentro da Polícia Militar que pediu o prazo inacreditável de 40 dias para chegar a uma conclusão, apesar das dezenas de testemunhas do vilipêndio religioso e do abuso de autoridade, nos mobilizaremos nacionalmente para chamar atenção para a Polícia Militar de Santa Catarina que reproduz práticas coercitivas do início do século passado. Senhor Governador, reiteramos nossa confiança no seu senso de justiça e de absoluta obediência ao Estado de Direito em vigor no Brasil, e consequentemente, no Estado de Santa Catarina.

    ÁTILA NUNES e ÁTILA NUNES NETO

La presencia africana en el habla

El jueves se presenta en la Academia Nacional de Letras (Ituzaingó 1255) un libro de historia que resultó ganador del concurso que esa institución llevó adelante en 2008. Es El habla de los esclavos africanos y sus descendientes en Montevideo en los siglos XVIII y XIX: representación y realidad, de la licenciada en lingüística Magdalena Coll.

La cita es a las 19 horas y contará con la participación del escritor José María Obaldía y la historiadora Ana Frega, rematándose la velada con un brindis.

A partir de fuentes documentales y recreaciones literarias la publicación estudia el contacto de las lenguas africanas con el español que se hablaba en el Montevideo de la Colonia y el siglo XIX, y a través de eso se examina el complejo mundo lingüístico de ese período en la región. El trabajo reúne además una antología de más de medio centenar de textos de diferentes estilos y niveles culturales, para reflejar aquel choque de lenguas. El estudio comienza con una mirada sobre la esclavitud en la sociedad oriental para pasar a analizar después las lenguas africanas que se hablaban en el Río de la Plata. También focaliza en cómo los descendientes de aquellas primeras oleadas de esclavos conservaron y modificaron el habla de sus antepasados. La obra se centra luego en las fuentes disponibles para investigar los textos que han sobrevivido al paso del tiempo.

Magdalena Coll (Montevideo, 1968) es doctora en lingüística hispánica por la Universidad de California y trabaja como profesora en el Instituto de Lingüística de la Facultad de Humanidades y Ciencias. Entre sus trabajos anteriores sobresalen los dedicados al estudio de la historia del español y del portugués en Uruguay.
 

Una vacaciones insoportables con tufillo de leche cortada y tulipán


Entre su suegra y sus padres, marido que pesca, e incidentes con la prensa. Intimidad de un viaje contaminado de plebeyos.
Por Ignacio Molina

Tener unas vacaciones tranquilas y disfrutar de la Argentina como se debe". Esos eran los planes que tenía la princesa de los Países Bajos Máxima Zorreguieta al llegar a su país natal, y con esas palabras –que sonaron más a advertencia que a expresión de deseos– los dio a conocer en la rueda de prensa que brindó en la embajada de los Países Bajos en Buenos Aires antes de emprender viaje hacia la Patagonia junto a su Familia Real: su suegra, la reina Beatriz de Holanda; su marido, Guillermo Alejandro de Orange-Nassau, príncipe heredero de la corona; y sus tres pequeñas hijas: Amalia, de cuatro años; Alexia Juliana, de dos; y Ariadna Guillermina, de apenas ocho meses. Prole importada, a la que pronto se le sumaría la rama local de los Zorreguieta.

"La Argentina" a la que se refirió la princesa durante el único contacto que hasta el momento tuvo con el periodismo es, en rigor de verdad, una ínfima porción del país. Una porción tan distante de la Argentina real como del asfalto que absorbe el calor agobiante de Buenos Aires en los primeros días de enero. Esa Argentina se llama Country Club Cumelén y está enclavada en una zona aledaña a Villa La Angostura, un rincón paradisíaco de la provincia de Neuquén. Aunque no lo suficiente como para amortiguar la convivencia noche y día de dos familias con tan poco tema de conversación en común.

Por suerte la realeza tiene hábitos más sofisticados que sintonizar la televisión abierta y en la primera noche del año, agotados por la pesca con mosca y los tragos en velero, no habrán visto por la pantalla de Telefe la segunda parte de la saga de los Focker, ese rendidor relato cinematográfico sobre el choque de consuegros rejuntados por las circunstancias del destino.

Para compensar, el Cumelén cuenta con el máximo confort imaginable y con la mejor cancha de golf de la región. No es un lugar común afirmar que se trata de un Country Club exclusivo. La membresía es más que rigurosa: para formar parte de ella -según sus socios- no alcanza sólo con tener dinero. Hace algunos años, por ejemplo, una comisión de propietarios vetó el ingreso como socio de Diego Maradona.

Allí, en tres casas ubicadas a orillas del lago Nahuel Huapi alquiladas y preparadas especialmente para la ocasión, se alojó la comitiva holandesa compuesta por 16 personas. Entre los acompañantes de la Familia Real se encuentran los miembros de "marechaussée", una especie de guardia pretoriana que los custodia a sol y a sombra y que, en ese afán de extrema seguridad, protagonizó un incidente con ribetes policiales.

Hay motivos de sobra para suponer que unas vacaciones familiares y gasoleras en algún balneario de la costa pueden ser menos placenteras que un descanso en uno de los lugares más maravillosos de la Patagonia argentina. Pero también es verdad que, más allá del color de sangre que corra por sus venas, las suegras siempre son suegras; y que los hijos –aunque posean, aún sin saberlo, un destino de nobleza– pueden traer aparejados los mismos problemas y dolores de cabeza que cualquier chico del mundo. Ni los títulos nobiliarios ni la fortuna más grande de Europa son capaces de garantizar unas vacaciones libres de contratiempos. Lo supo la pareja Real holandesa en la mañana del último día de diciembre, cuando notaron que Ariadna amanecía con un leve malestar respiratorio. Minutos después, los príncipes –que ya tenían clara la ubicación del hospital más cercano– emprendieron en auto los ochenta kilómetros de ruta que los separaban de la ciudad rionegrina de Bariloche.
Allí, en la vereda de la clínica San Carlos, mientras el doctor Luis Caride –director médico de la institución– auscultaba a la beba y les recomendaba a sus padres que le efectuaran una placa radiográfica para descartar cualquier afección grave en las vías respiratorias, sucedió el altercado que tuvo como protagonistas a los custodios de la realeza y a un grupo de reporteros gráficos que intentaban tomar imágenes de la familia de Máxima. Una de las periodistas que forcejeó con los guardias de seguridad es Alejandra Bartoliche, una fotógrafa de la agencia Telam que sabe que en Bariloche –una ciudad a la que podría haber llegado por impulso de su apellido– las noticias no suelen trascender el ámbito local. Tal vez por eso nunca se hubiera imaginado que su pelea cuerpo a cuerpo con un hombre que le impedía realizar su labor, se convertiría en una de las noticias más importantes del fin de año. Todo comenzó cuando los custodios les pidieron a los periodistas que habían ido a documentar la fugaz visita de los príncipes a Bariloche que se retiraran de la entrada a la clínica. "Les respondimos que la vereda es un espacio público y que nos íbamos a quedar ahí", cuenta Bartoliche. Según su relato, un custodio les dio a entender que si no se abalanzaban sobre el auto podrían hacer algunas fotos. "Pero casi al mismo tiempo un compañero avisó que el auto de Máxima estaba saliendo por el garaje y empezamos a correr", cuenta. Entonces los guardias apartaron a los reporteros con violencia. "Rompieron cámaras, le pegaron a un compañero y a mí me levantaron por las axilas. Cuando el auto de Máxima ya estaba lejos, el tipo me dio una patada en la pierna. Ahí mismo dejé la cámara y le pegué una cachetada al holandés", agrega Bartoliche, y deja en claro que si bien no está orgullosa de lo que hizo, se dejó llevar por la bronca.
El episodio, además de ocupar las pantallas de los noticieros y las páginas de los principales diarios del país, tuvo fuerte repercusión en la opinión pública barilochense. Los periodistas agredidos recibieron el apoyo de -entre otros- el concejal del Partido Popular Rionegrino Daniel Federico Pardo, que afirmó en un comunicado titulado "Solidaridad y repudio" que los cronistas locales sufrieron "el retroceso en las relaciones humanas" practicado por los guardias de la realeza.

Famiglia unita

El lunes 31 de diciembre, de vuelta en Villa La Angostura y aún tratando de digerir el doble mal trago (el del malestar de su hija y el provocado por sus guardias), Máxima y Guillermo Alejandro recibieron la visita de Jorge Zorreguieta y de María del Carmen Cerruti. Los padres de Máxima llegaron a Cumelén para celebrar el comienzo del nuevo año junto a dos de sus hijos (Martín, el hermano de Máxima, vive en la Villa en forma permanente) y a sus parientes políticos. Cualquier observador imparcial que se dejara llevar por los hechos históricos podría suponer que, más allá de la diplomacia y de las formas regidas por el protocolo, la relación entre la reina Beatriz y Jorge Zorreguieta no es la más fluida del mundo. O que al menos un hombre que no pudo asistir a la boda de su hija debido a sus antecedentes cuasi delictivos no era el consuegro ideal que la reina anhelaba. Jorge Zorreguieta, conocido como "Coqui" por sus íntimos –entre quienes se encuentra el ex ministro de economía José Martínez de Hoz– fue Secretario de Agricultura y Ganadería de la Nación entre 1976 y 1980, los años más oscuros de la última dictadura militar. Su actuación en esos años no fue meramente técnica: hay quienes afirman que antes del golpe de Estado, Zorreguieta, desde su puesto de secretario de la Sociedad Rural, conspiró con los medios a su alcance contra el gobierno de Isabel Perón. Los parlamentarios holandeses que en el 2002 no le permitieron asistir al casamiento de su propia hija adujeron que el ex funcionario "no podía estar ajeno al plan de exterminio llevado a cabo por el régimen del que formaba parte".
Es presumible que la pareja real tiene peleas y discusiones como cualquiera. Y que esos roces se potencian teniendo a toda la prole en casa, cercados por un cordón de fotógrafos que los reduce a un paradisíaco –pero al fin– corralito. A la reina le gusta hablar en holandés y que sus nietos rediman el idioma. A los abuelos argentinos, la pompa doméstica full time no les resulta simpática. Y Máxima, se guarda bajo llave su viejo mal hablar porteño y sonríe siempre, con cara de foto. Pero lo seguro es que sus discusiones conyugales nunca son generadas por el dinero ni por cuestiones aledañas: además de ser herederos de la corona más rica de Europa (según la revista Forbes su patrimonio total sumando propiedades y negocios es de 5.650 millones de euros) Máxima y Guillermo no tienen problemas de ingresos ni de vivienda: él por haber nacido en el vientre del que nació cobra 719.000 euros por año, y ella por haberse casado con quien se casó recibe anualmente la suma –algo menor, es cierto, pero nada despreciable– de 625.000. Ambos viven en un lujoso castillo con lago artificial, ubicado en el barrio Wassenar de La Haya, que les fue cedido por el estado Holandés luego de la ceremonia de compromiso.

La semana anterior al incidente de Bariloche la Familia Real entera vestida de manera informal y siempre seguida de cerca por sus guardaespaldas fue a cenar a Tinto Bistro, el restaurante que Martín Zorreguieta regentea en el centro de Villa La Angostura y que recibe a los príncipes cada vez que visitan el país. Toda una excepción. Porque en los días que llevan de vacaciones, la comitiva holandesa tuvo escasas oportunidades de romper el aislamiento de Cumelén. Una mañana, mientras Máxima y Guillermo jugaban con sus hijos, la reina Beatriz disfrutó de un paseo en barco por el Nahuel Huapi y por la Isla Victoria, una extensa cresta boscosa que emerge a la superficie en medio del lago y en donde se pueden admirar las pinturas rupestres de las tribus que habitaron la zona siglos atrás. Los príncipes por su lado compraron muebles rústicos en el negocio que Emilio Alvear, secretario de gobierno de la Villa, posee en la zona de Lomas del Correntoso. El lunes 24 Máxima asistió a la misa de la capilla Nuestra Señora de los Lagos y sólo al mediodía siguiente les permitió a sus hijas abrir los regalos de Navidad. Un estilo vacacional bien distinto del de sus años argentinos...

Martin Heidegger y Ricardo Fort, en "Somos todos gronchos", un blog inteligente



Confieso que si bien no miro a Tinelli -no porque no me guste ver un buen culo en vivo y en directo, sino porque me quedo dormido de aburrimiento- sigo las alternativas de la vida de la farándula local todas las tarde noches en los programejos onda Bendita TV. Me gusta ver como a otros millones de boludos al gaterío argentino. Sus peleas, sus miserias y su desesperación.

Es cierto también, que para millones de personas, al no tener acceso al porno free que hay en Internet la única manera de ver un par de tetas es en la TV o contentarse con las de la patrona. Hay una fascinación por las putas y los putos. Principalmente porque los putos y las putas oficiales sufren como perros y se les nota más. Y para eso están. Fascinación que hubo siempre, salvo que ahora está magnificado por la difusión y la aceptación de que la cultura artística argentina no da para más que eso. Nos atraen los putos tristes como Zulma Lobato o Ricardo Fort,  y las putas berretas como Virgina Gallardo o la Lo Ré.

Yo extraño a Zulma Lobato, y me apena saber que sin cámaras estará corriendo la coneja, aunque lo que más me preocupa es qué estará comiendo su perrito.

No hay más que ver las fotos de la rubia ex novia de Fort en la Revista PlayBoy para saber que la mina está triste. No hay una sola sonrisa que parezca auténtica. La trola sufre. No como otras trolas que disfrutan de ser trolas. Como Jessica Cirio que se abre de gambas como ésta, pero lo acepta con alegría y visión empresaria. La Gallardo en cambio parece reconocer que por no haber estudiado más durante la secundaria no tiene otro destino que ser cajera de Coto o trola.

En igual situación están cientos de miles de chicas. Ahora arrancó una especie de Reality donde parte del sabalaje femenino suburbano y nacional intentará convertirse en una "chica Fort". Es decir, convertirse en su mucama a cambio de unos pesos, prostituirse sin tener que poner el culo. A simple vista no parece mal negocio para quienes no tienen nada más que ofrecer que su cuerpo.

Ni siquiera entran en la categoría de proletarios (aquellos que lo único que tenían para entregar era a sus hijos) Ahora hay tantos pobres que ni siquiera se cumple con el axioma marxista de que el lumpenaje y el ejército de desocupados estabilizan el precio del valor del salario. Vi en los programas satélite de Tinelli que se cagan de risa porque les faltan dientes, se tiñen con agua oxigenada o porque son más grasa que un sanguche de bondiola.

Además Fort no es rico (recuerdo haberlo escuchado promocionando un canje de joyas) No es rico en términos de riqueza real, de la cual hay mucha en este país. Más que plata tiene crédito. Lo que no es poco en un país donde nadie presta ni 200 pesos. Por eso también nos gusta enterarnos que otro chongo, como el abogado Fernando Burlando, le inició juicio para recuperar dinerillos prestados y honorarios profesionales. Ricky al igual que nosotros gasta más de lo que le entra. Tampoco necesita novia, porque al parecer no le gustan las mujeres. Pero allí está buscando financiar una. Su estética es noventista, berretona, de nuevo rico. Mezcla de Madonna y funcionario menemista que atrae, encanta desde el morbo. El mismo morbo que lentifica la fila de autos en las autopistas cuando hay un accidente o se desangra un pobre tipo tirado con su bicicleta aplastado por un camión sin patente: queremos corroborar que no somos nosotros los que estamos allí.

Nos gusta Fort porque también nos permite certificar que no somos nosotros. Y porque a los gritos, y a pesar del glamour, el tipo nos dice claramente que sufre. Y queremos creer que lo hace más que nosotros. Porque convengamos que todos arrastramos heridas emocionales desde la infancia o la adolescencia. Como cada uno hace de su culo un pito y de su pito una matraca, si se la lastra o no es asunto de él. Si para pagar la luz o el gas hay que ponerse en cuatro, será problema o no de las que lo hagan. Todos en algún punto de nuestras vidas hemos sucumbido a tipos más refinados (aunque objetivamente similares) de prostitución: de nuestras ideas, de nuestra dignidad o de nuestros deseos. Así que ¿desde dónde podríamos juzgar la vida de los otros, o tirar la primera piedra?

La trampa -para mí humilde forma de ver este espectáculo- está en que es parte de la mentira fetichista de aplacar nuestros dolores y los aspectos más míseros de nuestras vidas corroborando que a otros les va peor. La principal angustia existencial a la que nos enfrentamos es saber que vamos a morir y sin embargo seguimos viviendo, proyectando y soñando como si fuésemos inmortales. Eso rompe el fetichismo (y el estado de vivir interpretados por otros) Eso nos hace únicos, eso nos hace humanos en su total dimensión.

Y la diferencia entre los que viajan apretados como vacas en el Sarmiento a las 6.30 de la mañana o en sus Audi A4, rumbo a trabajos de mierda (de $1.200 o de $50.000 mensuales), los lindos, los feos, los liberales o los socialistas, los de River o los de Boca, es que algunos lo tienen más o menos en claro. Aunque más no sea de a ratos.
 

Surdos são os outros


Por: Rosiane Rodrigues - 5/7/2010

Sem muito alarde, em junho de 2009, a Comissão de Combate à Intolerância ReligiosaCCIR - entregou relatório ao presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Martin Uhomoibai. O documento, além de relatar casos exemplares de perseguição religiosa, acusa a Igreja Universal do Reino de Deus, assim como outras denominações neopetencostais, de promover uma ditadura religiosa no Brasil através de sua prática racista e discriminatória contra religiosos de matriz africana e minorias étnicas.

Na época, a Folha de São Paulo ao noticiar a entrega do relatório, entrevistou o sociólogo Ricardo Mariano, da USP, que discordou do viés racista da denúncia da CCIR e afirmou que “a atitude adotada pela Igreja Universal é motivada (apenas) por questões estritamente religiosas”, sem ter nenhuma correlação racial.

Passado um ano, o relatório publicado pelo Grupo Internacional pelos Direitos das Minorias (Minority Rights Group International-MRG), amplamente noticiado pela imprensa mundial, constata que a intolerância religiosa é o novo racismo.

Interessante observar que a constatação de Mark Lattimer, diretor da organização que elaborou o estudo europeu confirma o que os religiosos brasileiros sabem há muito tempo: a intolerância religiosa é uma das faces do racismo. A questão é que praticar o racismo não é apenas segregar pela cor da pele ou origem étnica. É pretender impor a visão dominante (superior e civilizada) com o objetivo de aniquilar as concepções de mundo e identidade de grupos dissidentes (ou resistentes), tratados como primitivos e inferiores.

Outra recente pesquisa realizada pela Univer Cidade, coordenada pelo professor Bayard Boiteux, ouviu 800 pessoas na cidade do Rio de Janeiro. O estudo pretendeu fazer um mapeamento do preconceito do carioca. Divulgada pelo Jornal O Dia, os dados revelaram que 40% dos entrevistados têm preconceito religioso, principalmente com as religiões de matriz africana. O número chama atenção por ser bem maior que o preconceito racial (30%) e a homofobia (20%)

Um mundo sem raças

Assim como a pesquisa da Univer Cidade, a divulgação do Relatório do MRG não chegou a causar frisson nas redações. É sabido que uma parte significativa da imprensa brasileira (e da Academia) faz um esforço hercúleo para classificar pretos, brancos, amarelos, vermelhos, judeus e ciganos como representantes de uma única raça, a humana. É uma discussão que só faz sentido para quem enxerga na desracialização do discurso uma forma de preservar os "diferentes" de ataques e perseguições. Essa fórmula já se mostrou ineficaz -haja visto os grupos neonazistas que continuam existindo em todo mundo- além de ensurdecer a sociedade para questões que precisam ser amplamente discutidas.

Talvez tenha sido este o motivo da pouca repercussão do relatório europeu –noticiado até pela Rádio do Vaticano– por aqui. É o reflexo da banalização da discriminação religiosa num país que aprendeu que as expressões religiosas dos africanos, indígenas e minorias étnicas são “magia negra”, “macumba", "coisas do demônio” e “primitivas”.

Não é difícil entender o quanto a afirmação de Lattimer pode estar afligindo as redações. Ela faz cair por terra teorias míticas da sociedade brasileira: 1) o Brasil é uma democracia racial, mesmo com todas as evidências da existência de um fosso abissal que separa os negros dos brancos; 2) O Brasil é uma democracia religiosa, mesmo com cadeias comunicacionais, políticas e econômicas dominadas por neopentecostais, que perseguem acintosamente outras religiões; 3) As redações se habituaram a tratar a diversidade brasileira – étnica, cultural e religiosa - como folclore ou algo pitoresco.

A liberdade está com quem detém o poder econômico


Outro dado que merece ser destacado no relatório da MRG é que "a marginalização econômica que sofrem certos grupos (...) levaram a uma crescente tendência à perseguição das minorias religiosas na maioria dos países da Europa Ocidental e da América do Norte". Se trouxermos esta afirmação para a realidade histórica do país, percebemos que fica fácil “fazer a ficha cair”.

O Brasil, colonizado por portugueses e considerado hegemonicamente cristão, ao importar em meados século XIX, imigrantes europeus e asiáticos como trabalhadores assalariados em detrimento dos descendentes de africanos recém libertos pela Abolição da Escravatura, realizou uma política pública de “embranquecimento”. Isso significa dizer que para o trabalho escravo o africano serviu -e o seu tráfico foi uma das maiores fontes de renda da Coroa Portuguesa- por séculos. Mas, para o trabalho assalariado, com dignidade e reconhecimento, foram trazidos outros povos – italianos, alemães, poloneses, japoneses. O processo de dominação formulado pelos colonizadores -brancos, cristãos, europeus- incutiu na sociedade o entendimento que os negros e índios eram sujos, indolentes, trapaceiros e que praticavam rituais demoníacos, além de representarem um risco a mais por serem a maioria da população. Os imigrantes inegavelmente contribuíram para o enriquecimento da nossa diversidade, mas chegaram aqui em condições privilegiadas em relação aos africanos e, de certa forma, serviram para dar uma “clareadinha” no povo brasileiro, além de ajudarem a consolidar os padrões eurocêntricos de vários governos (já) republicanos. Desde o Império, os governantes tinham o objetivo essencial de aniquilar as identidades culturais, étnicas e religiosas trazidas pelos negros da África e perpetuada por seus descendentes como forma de resistência. O mesmo processo, guardadas as devidas especificidades históricas e culturais, aconteceu com os índios e mais tarde com ciganos e outros grupos minoritários.

Dilema é assumir o racismo na sociedade brasileira

Setores da grande imprensa e da Academia, a partir de agora, precisam enfrentar este antigo dilema reavivado por estas incomodas pesquisas: vai, obrigatoriamente, repensar suas linhas editoriais e de levantamento de dados para manter o “estabilishment”, ou correr o risco de ter que –necessariamente- admitir o óbvio: a) o Brasil vive uma das mais perversas práticas do racismo, que é o estrutural, há cinco séculos; b) que esta prática racista não se limita as fronteiras do tom da pele ou ascendência e, ainda hoje, tem como alvo os signos e símbolos utilizados pelas comunidades religiosas afro descendentes e outras minorias; c) que a marginalização econômica e social dos povos negros e indígenas –que são as bases da cultura do Brasil– fragilizou ainda mais essas populações; d) que o racismo estrutural é um dos motivos da desmobilização e invisibilidade social e cultural de negros e índios; e) que os neopentecostais se aproveitam do preconceito racial –que é latente e histórico na sociedade brasileira– para estruturarem seus discursos e práticas persecutórias e arregimentar cada vez mais fiéis, que se transformam em poderio político, eleitoral e comunicacional; f) que é comum –para governantes, jornalistas e formadores de opinião- a demonização e criminalização das religiões dos povos que foram escravizados e que são considerados primitivos e não civilizados; g) que a intolerância religiosa que assola o país e vitimiza milhares de homens, mulheres e crianças é o reflexo do racismo enraizado na sociedade.

Bom, as redações e os pesquisadores podem também optar em nem sequer pensar sobre esses temas e manter a sujeira do racismo brasileiro –transfigurado em crescente intolerância religiosa- bem varridinho para debaixo do tapete. Mas, depois da divulgação dos relatórios da MRG e da Univer Cidade, o tapete corre o risco de ter que crescer muito para abrigar um grande lixão.

 
"Enquanto os leões não tiverem
os seus contadores de histórias,
as histórias das caçadas
glorificarão os caçadores"

Provérbio Yorubano