(Salvador, BA, 13 de abril de 1923)
Escultor reconhecido internacionalmente, Mário Cravo é o maior expoente da Modernidade baiana dos anos 40 e 50. Do mesmo modo que Carybé e Jorge Amado, Cravo colocou em sua obra, neste período, a essência do povo, suas tradições e crenças, seus costumes e mitos.
Mário Cravo fez suas primeiras experiências em desenho, gravura e escultura como autodidata no final da década de 30, época em que viajou pelo interior do nordeste, tomando contato com pinturas rupestres e manifestações culturais afro-brasileiras; mais tarde foi trabalhar na oficina de Pedro Ferreira, considerado o último dos santeiros baianos e já em 43 realizou sua primeira exposição, na Bahia. Em 46 casa-se e vai morar no Rio de Janeiro, trabalhando com o escultor Humberto Cozzo. No ano seguinte, Cravo estuda na Universidade de Syracuse, nos EUA, com o escultor iugoslavo Ivan Mestrovic. Passa a morar em Nova York, onde permanece até 1949, fazendo grandes trabalhos em gesso e entrando em contato com o maestro Villa Lobos e Lipchitz, entre outras figuras importantes da época. Ao retornar a Salvador monta um atelier-oficina no largo da Barra, centro do movimento de arte moderna na cidade, local onde se reuniam Carlos Bastos, Carybé, Jenner Augusto, Genaro de Carvalho, Rubem Valentim e muitos outros artistas responsáveis pela renovação artística no Estado.
Em 1951, Mário Cravo ganha o prêmio jovem aquisição na I Bienal de São Paulo e passa a ser reconhecido no resto do país; em 55 é novamente premiado na III Bienal e recebe ainda o 1o. Prêmio no Salão de Arte Moderna de São Paulo. Neste mesmo ano, o escultor defende tese e se torna-se catedrático da Escola de Belas Artes da Universidade federal da Bahia e em 1960 é escolhido para representar o Brasil na XXX Bienal de Veneza.
Em 64, a convite do Senado de Berlim e da Fundação Ford permanece um ano na Alemanha como escultor residente; viajando depois para os Estados Unidos, realiza exposições em Washington e diversas conferências a respeito do ensino da arte em universidades americanas. Quando retorna novamente ao Brasil assume a direção do MAM e do Museu de Arte Popular da Bahia.
Produzindo constantemente, Mário Cravo foi do barro para o gesso e daí para a pedra sabão, aço, sucata, alumínio, resina, plástico, enfim, todo material que pudesse trabalhar. Sem manter uma unidade temática, os temas baianos dão lugar às formas orgânicas e vegetais que beiram a abstração a partir do final dos anos 60. Com esculturas de grande porte, como a Fonte da Rampa do Mercado, ao lado do Elevador Lacerda, seu trabalho marca a sua cidade natal. Mesmo as diversas exposições ao ar livre que realizou, muitas de caráter lúdico, demonstram sua preocupação em integrar a obra ao meio e ao público - e isto move o espírito vanguardista e pesquisador do maior escultor baiano do século XX.
Mário Cravo fez suas primeiras experiências em desenho, gravura e escultura como autodidata no final da década de 30, época em que viajou pelo interior do nordeste, tomando contato com pinturas rupestres e manifestações culturais afro-brasileiras; mais tarde foi trabalhar na oficina de Pedro Ferreira, considerado o último dos santeiros baianos e já em 43 realizou sua primeira exposição, na Bahia. Em 46 casa-se e vai morar no Rio de Janeiro, trabalhando com o escultor Humberto Cozzo. No ano seguinte, Cravo estuda na Universidade de Syracuse, nos EUA, com o escultor iugoslavo Ivan Mestrovic. Passa a morar em Nova York, onde permanece até 1949, fazendo grandes trabalhos em gesso e entrando em contato com o maestro Villa Lobos e Lipchitz, entre outras figuras importantes da época. Ao retornar a Salvador monta um atelier-oficina no largo da Barra, centro do movimento de arte moderna na cidade, local onde se reuniam Carlos Bastos, Carybé, Jenner Augusto, Genaro de Carvalho, Rubem Valentim e muitos outros artistas responsáveis pela renovação artística no Estado.
Em 1951, Mário Cravo ganha o prêmio jovem aquisição na I Bienal de São Paulo e passa a ser reconhecido no resto do país; em 55 é novamente premiado na III Bienal e recebe ainda o 1o. Prêmio no Salão de Arte Moderna de São Paulo. Neste mesmo ano, o escultor defende tese e se torna-se catedrático da Escola de Belas Artes da Universidade federal da Bahia e em 1960 é escolhido para representar o Brasil na XXX Bienal de Veneza.
Em 64, a convite do Senado de Berlim e da Fundação Ford permanece um ano na Alemanha como escultor residente; viajando depois para os Estados Unidos, realiza exposições em Washington e diversas conferências a respeito do ensino da arte em universidades americanas. Quando retorna novamente ao Brasil assume a direção do MAM e do Museu de Arte Popular da Bahia.
Produzindo constantemente, Mário Cravo foi do barro para o gesso e daí para a pedra sabão, aço, sucata, alumínio, resina, plástico, enfim, todo material que pudesse trabalhar. Sem manter uma unidade temática, os temas baianos dão lugar às formas orgânicas e vegetais que beiram a abstração a partir do final dos anos 60. Com esculturas de grande porte, como a Fonte da Rampa do Mercado, ao lado do Elevador Lacerda, seu trabalho marca a sua cidade natal. Mesmo as diversas exposições ao ar livre que realizou, muitas de caráter lúdico, demonstram sua preocupação em integrar a obra ao meio e ao público - e isto move o espírito vanguardista e pesquisador do maior escultor baiano do século XX.
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