"Confiscar a memória de um escravo, quebrando seus vínculos de pertencimento, é uma forma eficaz de garantir sua dominação. Impedir um homem livre de reconhecer no passado àqueles que lhe serviriam de modelo no presente é perpetuar sua dominação, negando-lhe o direito à memória de sua própria história para reconstruir sua identidade estilhaçada. Este é o caso da memória negra no Brasil. Graças a uma manifestação perversa do preconceito, nega-se ao negro o direito à memória pelo “embranquecimento” dos negros e mulatos que por seus feitos se inscreveram em nossa história, esquecendo-se de sua cor, como se sendo bem sucedidos, fossem naturalmente brancos..."
Emanoel Araújo, baiano de Santo Amaro da Purificação, artista plástico, curador e diretor do muséu Afro-Brasil.
Emanoel Araújo, baiano de Santo Amaro da Purificação, artista plástico, curador e diretor do muséu Afro-Brasil.
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